“... naquele império, a Arte da Cartografia atingiu uma tal perfeição que o Mapa duma só Província ocupava toda uma Cidade, e o Mapa do Império, toda uma Província. Com o tempo, esses Mapas Desmedidos não satisfizeram e os Colégios de Cartógrafos levantaram um Mapa do Império que tinha o Tamanho do Império e coincidia ponto por ponto com ele. Menos Apegados ao Estudo da Cartografia, as Gerações Seguintes entenderam que esse extenso mapa era inútil e não sem Impiedade o entregaram às Inclemências do Sol e dos Invernos. Nos Desertos do Oeste subsistem despedaçadas Ruínas do Mapa, habitadas por Animais e por Mendigos. Em todo o País não resta outra relíquia das Disciplinas Geográficas”.
(Jorge Luís Borges. Do rigor na ciência - História universal da infâmia)
No sentido mais filosófico que pode se encontrar a pesquisa neste exato momento, é a possibilidade de colocar em pratica os questionamentos que pairam sobre as cabeças pensantes ; como poder enfatizar e proporcionar o pensar e a reflexão artística sobre : o que estou fazendo neste momento com a minha dança? Por que estou fazendo? para quem é, e para onde estamos indo com a nossa dança contemporânea?
Esses questionamentos vêm se intensificando na proposta de estudos filosóficos os por quês do Ser-humano e na investigação de um nova perspectiva artísticas para a Cia.. Foco investigativo. Fazer artístico. Ser a dança que faço.
A construção deste mapa de possibilidades e ideias, VAI NOS LEVAR PARA ONDE...hoje sei onde estou mas amanhã o que será que estarei pensando...
FERNANDO MACHADO
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